Plantas Carnívoras

Todo vegetal capaz de atrair, capturar, matar, digerir por enzimas próprias e absorver algum nutriente derivado dessa digestão. Devido a sua ocorrência em solos pobres, principalmente em nutrientes como o nitrogênio, adaptaram-se a retirar esse elemento de pequenos insetos. Sendo assim, esse grupo de plantas possui um sistema de armadilhas para a captura dos mesmos.

As plantas carnívoras são divididas em três grupos: as ativas, que se movimentam para capturar suas presas; as passivas, que não se movimentam; e as semiativas, que apresentam movimentos após a captura, a fim de aumentar o contato com a presa e, promover a sua área de absorção de nutrientes.

 

A Escola Municipal  de Ecologia possui exemplares como:

Sarracenia

Possui armadilhas tipo “jarro".

Delas saem raízes que darão origem às folhas inteiras, de disposição alternada e modificada em ascídios (armadilhas em forma de jarro tubular e comprido). Estes possuem uma “tampa” (opérculo) que serve para proteção em dias de chuva, evitando a dissolução das enzimas localizadas no interior destas armadilhas. Possuem flores hermafroditas, grandes e vistosas.

A atração dos animais, em sua maioria insetos e pequenos aracnídeos, ocorre devido ao odor secretado por glândulas de néctar localizadas na epiderme do interior dos “jarros”. A concentração dessas glândulas vai aumentando no interior dos jarros, o que contribui na eficiência da armadilha.

As presas são atraídas pelo odor exalado por glândulas de néctar presentes nos jarros, e tendem a entrar, pois para dentro há maior concentração destas glândulas, assim acabam caindo, já que as paredes internas dos jarros são repletas de pelos que dificultam o apoio. As presas são então afogadas no líquido digestivo presente na parte inferior dos jarros. A digestão ocorre aproximadamente em 2 dias.

Nepenthes

Possui armadilhas tipo “jarro”.

São os jarros que atraem, capturam e digerem as presas. Seu tamanho varia de pequenos (quatro cm) até imensos (cinquenta cm de altura), sendo capaz de capturar presas maiores como: sapos e pássaros o que é muito incomum. E são eles, “os jarros” a parte ornamental da planta, de diversos formatos e combinações de cores (cada planta forma dois tipos diferentes de jarros: os inferiores, destinados a capturar presas que escalam a planta, os superiores, destinados a capturar presas voadoras e os intermediários, são os jarros que apresentam características dos inferiores e dos superiores, podendo os três estarem presentes num mesmo indivíduo.

A atração das presas se dá graças a glândulas de néctar presentes no interior dos “jarros” e pelas glândulas localizadas próximas à base do limbo, aliado às vivas cores destes. Quando a presa entra no “jarro”, ela dificilmente consegue manter o equilíbrio devido às células desta base que produzem uma substância serosa que tornam a parede (onde o inseto pousa) escorregadia, levando o visitante ao fundo do ascídio contendo grande quantidade de líquido digestivo, cuja produção é estimulada pelo movimento das patas da própria presa. Tal processo de digestão ocorre em aproximadamente 2 dias. Diante da incapacidade de absorção da carapaça quitinosa dos insetos, a Nepenthes tende a acumulá-las, determinando tempo vital do tubo coletor, uma vez cheio, o tubo murcha e se desfaz.

Drosera

Possui armadilhas tipo “colantes".

Seu nome é derivado do grego Droseras, que significa orvalho, e foi dado devido às gotículas de mucilagem na ponta dos tentáculos que a planta possui.

Os animais são atraídos pelo odor do néctar secretado pelas glândulas da lâmina ou simplesmente pela gotícula de mucilagem e capturados ao tocar as pontas dos tentáculos.

Algumas espécies ao receber o estímulo do inseto se dobram para uma maior firmeza da captura, envolvendo-o com mais tentáculos. A digestão é de aproximadamente 7 dias, ocorrendo na base da folha e dos tentáculos.

Dionaea

Possui armadilhas tipo “jaula”.

As folhas das plantas carnívoras que possuem este tipo de armadilha estão divididas em duas partes, similar a uma boca, com gatilhos no interior. Este mecanismo que imediatamente fecha as metades da folha, sendo abertas somente após a digestão do animal. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, estas enzimas proteolíticas são inofensivas à pele humana e aos animais de médio e grande porte. Esse tipo de armadilha é encontrada na Dionéia que se alimenta principalmente de aranhas, moscas, grilos, entre outros.

A Dionaea (Dionéia) consegue diferenciar insetos e detritos não comestíveis que possam cair em sua armadilha através dos pelos sensitivos. Objetos inanimados como pedras e galhos quando caem nas folhas abertas das Dionaeas não se movimentam, portanto, não dispararam os pelos sensitivos das plantas. O animal capturado é ingerido pelas glândulas digestivas da folha durante 5 a 15 dias.